Golpes do Black Friday e Cyber Monday: Não caia nessa!

Sempre entre outubro e novembro devemos falar do mesmo assunto mais uma vez, sobre os golpes cibernéticos do Black Friday e, dessa vez, do Cyber Monday. É que por mais que falemos em uma oportunidade deste tema, parece que as pessoas esquecem no ano seguinte. Aquela emoção gerada por uma oferta irresistível é difícil de controlar, mas temos que pensar seriamente no assunto.

Segundo a Check Point, houve um aumento de 80% nos golpes mediante phishing nas duas primeiras semanas de novembro, isto em comparação com a média registrada em outubro.

O modo de ataque segue sendo o mesmo ou os mesmos, pois são três tipos de ataques mais conhecidos:

  1. E-Mails com ofertas enganosas. Basicamente são ataques de phishing que procuram capturar vítimas sob a promessa de descontos surpreendentes, geralmente em marcas de alto padrão. Uma vez que a pessoa abrir o e-mail e clicar em qualquer link ou botão começará a baixar um vírus malicioso.
  2. Os sites fakes cujo objetivo é que você faça compras que não são reais e só levam seu dinheiro, também provavelmente salvam seus dados pessoais e bancários para fazer novos golpes no futuro.
  3. Também existem aqueles emails que procuram levar você ao site fake, ou seja, uma mistura entre as duas situações anteriores.

Como é que funciona?

Para sermos exatos, os criminosos criam páginas idênticas às páginas originais ou e-mails que parecem ser muito reais. Aí colocam ítens que às vezes nem existem e convidam aos clientes, neste caso vítimas, a comprar com descontos incríveis.

Algumas das palavras perigosas são “especial”, “oferta”, “venda”, “barato” e “x% de desconto”. Talvez você esteja pensando que todas as lojas usam estas palavras para falar sobre suas ofertas, e é verdade! Mas a diferença é que estes sites abusam excessivamente delas.

Agora vamos dar algumas dicas para identificar sites falsos pelo conceito do Black Friday. Faremos isso com ajuda de algumas perguntas que você pode se fazer ao receber um email ou acessar um site suspeito.

Você realmente fez um cadastro naquela loja/empresa?

Talvez você conheça essa loja ou empresa por nome, porque é conhecida ou porque gosta desses produtos, mas realmente cadastrou seus dados nela? Talvez você nunca tenha comprado naquela loja e só deu uma olhada nas vitrines virtuais. Ou talvez comprou, mas nunca deu seu e-mail para receber email marketing sobre promoções e informações.

Se você não cadastrou seus dados, como é que ela os têm? Essa é a primeira pergunta que deve se fazer antes de clicar em qualquer botão suspeito.

Os descontos não são muito exagerados?

Mas o que acontece quando você não lembra direito se deu seus dados para uma empresa ou o que acontece se cair naquela página por um anúncio ou por pesquisa no Google? Aqui temos que ser um pouco mais espertos.

Uma das formas é abrir seus olhos e cair na realidade. Uma loja cara como por exemplo a Apple não vai dar 50% de desconto em um Iphone novo nunca, talvez só se for de uma geração bem antiga. Lógico que seria o sonho de todos, mas não vai acontecer. Saber diferenciar uma possível oferta real de uma oferta praticamente impossível é a chave para evitar armadilhas.

Às vezes o site de destino ou a campanha de email são tão reais que será difícil identificar se for fictício, por isso além de ver se os descontos não forem muito “bons”, você pode ficar de olho em outros aspectos.

A oferta aparece em outros meios de comunicação?

Você viu essa oferta em um site ou landing page, mas o que dizem as mídias sociais da loja? O que acontece se você jogar o nome da loja no Google? Talvez essa oferta só aparece em aquela landing page, mas quando você acessar o site oficial, não aparece essa oferta de jeito nenhum. Estranho, não é?

Outra coisa, se for sua primeira compra naquela loja virtual ou, ainda mais, se você não conhecia nada dessa loja antes, então dê uma pesquisada na internet. Procure em sites como Reclame Aqui, veja as resenhas no Google e pesquise em outros lugares de opiniões.

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Letras miúdas e altos fretes

Saindo um pouco da cibersegurança e deixando uma recomendação de forma geral em relação aos golpes cibernéticos, recomendamos amplamente que diante uma oferta você sempre leia aquelas “letras pequenas”. O emocional sente preguiça de pensar e sobretudo de ler, mas as letras miúdas podem ser uma pegada. Existe perigo de comprar algo com defeitos, usado, sem garantias ou sem trocas.

Também é bom ver o frete do produto. A fraude pode estar aqui. Um valor elevado no frete pode significar que o desconto do produto está somado na entrega a domicílio.

O Cyber Monday, você já conhece?

O Cyber Monday não é tão conhecido quanto o Black Friday propriamente, porém também existe. Digamos que é a versão online do BF. Embora com o tempo as lojas e empresas tenham adotado o Black Friday de forma online também, originalmente essa data foi concebida só para o setor varejo, especificamente físico. Porém, depois decidiram oferecer maiores opções aos clientes.

O Cyber Monday é realizado todas as segundas-feiras seguintes à sexta-feira do Black Friday. Neste ano 2020, o Black Friday será no 27 de novembro e o Cyber Monday no dia 30 de novembro. É um costume americano, mas o Brasil tem adotado essa data desde o ano 2012. 

Algumas ferramentas que podem ajudar

Para ajudar os consumidores a evitarem os golpes derivados destas duas datas comerciais, a empresa brasileira Axur desenvolveu um site chamado Posso Confiar. Trata-se de uma ferramenta simples, em que você pode colocar um endereço web e identificar se é suspeito ou malicioso.

Para aquelas ofertas enganosas que colocam o “valor original” mais caro e o valor verdadeiro como desconto de Black Friday, existem outras ferramentas recomendadas para usar. Estas são Buscapé e Zoom, as quais servem muito bem para acompanhar o histórico de preço dos produtos, elas permitem ver se o preço cobrado no Black Friday foi aumentado para dar um desconto fake.

Também pode consultar a Lista Negra da Black Friday, uma lista com mais de 500 estabelecimentos que recebem reclamações constantemente e que está disponível no site oficial do Procon. 

O barato saiu caro

Como comentamos no começo, diante de uma oferta que parece muito boa é difícil resistir, mas temos que tentar controlar o emocional para não pagar mais caro. Verificar a veracidade das ofertas é primordial. E ao receber e-mails suspeitos nem tente acessar o site pois, como comentamos, podem ser ataques de phishing que só precisarão do seu clique para atacarem.

Faça sua denúncia! Não duvide em denunciar ao Procon se você foi vítima ou quase vítima de um golpe.

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